"Quanto mais puro for um coração, mais perto estará de Deus."(Mahatma Gandhi)

Rádio

terça-feira, 20 de julho de 2010

Acupuntura e REIKI agora têm explicação científica

Pesquisadores avaliam efeitos e mecanismo de terapias alternativas em animais de laboratório 
por Bruna Bernacchio 



 
Ricardo Monezi testou o Reiki em ratos com câncer (Ilustração: Matheus Lopes)


Pesquisas recentes comprovam efeitos benéficos e até encontram explicações científicas para acupuntura e reiki. Estudos sobre o assunto, antes restritos às universidades orientais, ganharam espaço entre pesquisadores americanos, europeus e até brasileiros. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma denominação especial para esses métodos: são as terapias integrativas. 

Reiki
Seus praticantes acreditam nos efeitos benéficos da energia das mãos do terapeuta colocadas sobre o corpo do paciente contra doenças. Para entender as alterações biológicas do reiki, o psicobiólogo Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, fé, crenças e a empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa na USP, Monezi escolheu o reiki entre todas as práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem conotação religiosa.

No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores em três grupos. O grupo controle não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional sempre pelas mãos da mesma pessoa. 
Depois de sacrificados, os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo “impostação”, os glóbulos brancos e células imunológicas tinham dobrado sua capacidade de reconhecer e destruir as células cancerígenas.

“Não sabemos ainda distinguir se a energia que o reiki trabalha é magnética, elétrica ou eletromagnética. Os artigos descrevem- na como ‘energia sutil’, de natureza não esclarecida pela física atual”, diz Monezi. Segundo ele, essa energia produz ondas físicas, que liberam alguns hormônios capazes de ativar as células de defesa do corpo. A conclusão do estudo foi que, como não houveram diferenças significativas nos os grupos que não receberam o reiki, as alterações fisiológicas do grupo que passou pelo tratamento não são decorrentes de efeito placebo.

A equipe de Monezi começou agora a analisar os efeitos do reiki em seres humanos. O estudo ainda não está completo, mas o psicobiólogo adianta que o primeiro grupo de 16 pessoas, apresenta resultados positivos. “Os resultados sugerem uma melhoria, por exemplo, na qualidade de vida e diminuição de sintomas de ansiedade e depressão”. O trabalho faz parte de sua tese de doutorado pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).

E esses não são os únicos trabalhos desenvolvidos com as terapias complementares no Brasil. A psicobióloga Elisa Harumi, avalia o efeito do reiki em pacientes que passaram por quimioterapia; a doutora em acupuntura Flávia Freire constatou melhora de até 60% em pacientes com apnéia do sono tratados com as agulhas, ambas pela Unifesp. A quantidade pesquisas recentes sobre o assunto mostra que a ciência está cada vez mais interessada no mecanismo e efeitos das terapias alternativas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O "outro" como espelho da alma


Sabia que as pessoas que estão ao seu redor, com as quais você se relaciona dizem muito a seu respeito? São como verdadeiros espelhos, refletindo o que não conseguimos ou não queremos ver. O que está escondido bem lá no nosso mais íntimo.
Nossas relações possibilitam que coloquemos às claras muitas crenças e sentimentos que nutrimos por nós mesmos e não nos damos conta. Você já percebeu que há algumas pessoas que nos incomodam, que nos tiram do sério? Vira e mexe, estamos fazendo algum tipo de referência a tal pessoa, seja pelo modo arrogante de ser, pelo seu autoritarismo, pelo seu mal humor. Parece que existe algo nesse outro capaz de disparar em nós um sinal de alarme, de inquietação.Nesse caso, é melhor olhar com atenção e tentar definir o que está gerando esse incômodo. Descobrir quais atitudes e comportamentos alheios estão nos tirando tanto do sério.
Perceba, talvez você também aja da mesma forma. E, é justamente por isso que tais ações incomodam tanto.

Não é fácil observar, muito menos admitir aspectos negativos no nosso jeito de ser. Dessa forma, isso aparece refletido no comportamento alheio. Seria como se ele jogasse na nossa cara particularidades e atitudes nossas que negamos e tentamos esconder.
Aí, não há mais jeito. Não adianta implicar, muito menos reclamar. O melhor mesmo é reconhecer que tais atitudes também nos são peculiares e, se alguém tem que mudar, que sejamos nós. Não exija isso de mais ninguém. Um outro aspecto interessante de se observar nessa relação de espelhos é o que sentimos a partir da relação com o outro. Em um convívio mais próximo e cotidiano é muito comum que se despertem sentimentos vindos das atitudes e da forma do outro nos tratar.
Às, vezes, por exemplo,  podemos nos sentir menosprezados, humilhados, traídos e mal amados. E, nesses casos é muito fácil culpar e entender que é o outro o grande vilão da história. Mas as coisas não são bem assim.
 O outro não tem, necessariamente, nada  a ver com isso. A responsabilidade do que você vai sentir ou deixar de sentir é só sua e de mais ninguém. Nesse caso o papel do espelho foi puxar e trazer à tona crenças que construímos a partir de experiências antigas, que por serem desagradáveis estavam muito bem guardadas e escondidas.
Lembre-se: por mais que você não tenha consciência, aquilo que você pensa que o outro teve culpa em fazê-la sentir é na verdade o que você sentia e achava a seu respeito há muito tempo e nem sabia disso.
Quanto a gente não perde relutando em tomar certas decisões, nos boicotando para não irmos atrás de algo que queremos muito e não sabemos bem o por que disso. Daí aparece alguém e deixa tudo muito claro. Nossas inseguranças, nossos medos, nossa baixa auto-estima aparecem gritando e logo saímos culpando o outro, de novo, o algoz da história.  Calma, claro que não é fácil reconhecer nada disso, mas já que tudo isso veio às claras, é melhor aceitar e entender que é uma excelente oportunidade para resolver e transformar tudo isso. É uma forma de tomar consciência das nossas crenças, que estavam nos limitando e fazer algo para mudar. A responsabilidade é só sua! Não espere nada do outro, ele já fez a sua parte. Agora é com você. Bendito esse que está sempre diante de nós, refletindo nossa verdade interior, nos dando, assim, a oportunidade de olhar profundamente para nossa alma, a fim de descobrir quem sou de verdade e o que preciso fazer para ser e estar mais satisfeito e feliz comigo mesmo e com o outro.